Após caso de raiva em morcego, Prefeitura da capital executa ação de bloqueio com vacinação de animais domésticos

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A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) confirmou um novo caso de raiva em morcego, desta vez encontrado sem vida na região central de Porto Velho. Em situações como essa, é realizada uma ação de bloqueio com vacinação antirrábica em cães e gatos para criar uma barreira de proteção contra o vírus na região onde o animal foi encontrado.

O trabalho é realizado pela Divisão de Controle de Zoonoses em Animais Domésticos e Sinantrópicos (DCZADS), da Semusa. No bairro Liberdade, 116 cães e gatos foram imunizados. A atividade aconteceu de casa a casa em oito quadras nas proximidades onde o morcego foi encontrado, medida necessária para garantir a proteção tanto dos animais domésticos como dos seres humanos, como explica Edson Neves, gerente da Divisão.

“A vacinação antirrábica em casos como esse abrange um raio de cobertura de 400 metros a partir da região onde o morcego foi encontrado. A iniciativa é adotada após a confirmação positiva de raiva para o animal recolhido”, explica o gerente.

Entre 2021 e 2023, foram coletadas 21 amostras para investigar a doença e um caso positivo de raiva em morcego foi identificado. Em 2024, já são dois casos confirmados, sendo um no bairro Triângulo e outro no Liberdade.

“Um desses casos foi notificado no final do ano passado, com resultado positivo em fevereiro, quando realizamos uma ação de bloqueio na estrada de Santo Antônio.

Não é uma situação para gerar medo ou pânico na população, apenas para sinalizar alerta para situações semelhantes. É importante reforçar que os morcegos têm seu papel na natureza e não há necessidade de capturar ou matar esses animais sem ameaças à saúde pública”, orienta o gerente.

Orientações

A Semusa recomenda que, em casos de comportamento atípico em animais, especialmente morcegos caídos, a população não deve manipular ou descartar. É necessário acionar imediatamente o serviço de Zoonoses do município, através do número (69) 98473-6712, para o recolhimento adequado.

“Evitar contato, brincadeira ou alimentar um animal silvestre. Quando localizado na área urbana, não tentar proximidade e acionar imediatamente um órgão competente. São cuidados fundamentais para não colocar sua saúde em risco”, reforma Edson Neves.

Raiva

Doença infecciosa viral aguda grave que acomete mamíferos, transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, incluindo cães, gatos e mamíferos silvestres, por meio da mordida, arranhão ou lambida.

Quando pessoas são acometidas, o caso é chamado de raiva humana. A doença é considerada gravíssima, com taxa de letalidade de aproximadamente 100%.

Entre os primeiros sinais da raiva humana estão mal-estar generalizado, pequeno aumento de temperatura corporal, emagrecimento, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.

Dados

Entre 2017 a 2023, a rede municipal de saúde de Porto Velho realizou mais de 10 mil atendimentos em pessoas envolvendo incidentes antirrábicos como arranhões e mordidas, porém sem gravidade. O último registro de óbito por raiva na capital ocorreu em 1999.

Há 20 anos, a Semusa, através da Divisão de Controle de Zoonoses em Animais Domésticos e Sinantrópicos (DCZADS), trabalha efetivamente no combate à doença por meio da vacinação animal, disponível diariamente em pontos fixos e também nas campanhas anuais.

Fonte: SMC

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