Do Rinoceronte ao Cacareco: Reflexões Sobre o mito da vitória garantida na política

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A sensação de ‘já ganhou’ tem sido uma expressão que sugere uma vitória garantida antes mesmo do fim do pleito, não é uma novidade no cenário político atual. Desde o famoso rinoceronte Cacareco, que recebeu votos significativos em uma eleição, até os dias atuais, essa mentalidade continua a influenciar o comportamento dos eleitores e determinados candidatos.

Esse artigo propõe uma reflexão sobre o véu mítico que existe sobre determinados pré-candidatos, como se fosse predestinado a ser o próximo “prefeito de Porto Velho”. No entanto, ao largo deste senso comum, tem-se, a todo vapor, a construção de um processo de naturalização de famílias tradicionais no imaginário de determinadas personagens.

Em resumo, eles querem continuar participando das decisões e do jogo político local, os quais querem ser sempre protagonistas.

Nesse contesto, envolve sempre os mesmos protagonistas, sempre repaginados para se manter no controle ou participação das benesses da máquina do Estado, conferindo-lhes acesso não somente as verbas públicas, mas também prestígio e respeito.

O que temos de prático com a Chegada das Eleições?

Com a chegada da eleição, muitas mudanças ocorrem no cenário político local e nacional. É um período de grande movimentação, onde pretendentes ao poder intensificam suas intenções, buscando alianças bem articuladas para garantir sua ascensão. Isso envolve não apenas os pretendentes e partidos, mas também a infraestrutura dos poderes constituídos para garantir que tudo ocorra de forma como planejado.

É o que temos visto na chegada do pleito eleitoral. Pré-candidatos se cercando do aparato governamental, reunido entre si um punhado de partidos e lideranças importantes. Uma engrenagem política e tanto, (governo estadual e prefeitura, a chamada “máquina administrativa”) para eleger o seu candidato preferido, e tudo vai sendo costurado de olho em 2026.

Não é pouca coisa. No entanto, em época de eleição, muitas perguntas surgem, sobretudo, a influência da máquina governista numa eleição. Não é pouca coisa considerar este ponto, dado o impacto potencial da máquina numa eleição. Entretanto, não custa perguntar, máquina elege um candidato?

Não necessariamente. Mas máquina ligada a uma vontade popular majoritariamente a favor de um determinado candidato, pode ajudar e muito. Atrapalhar não atrapalha. Além disso, também é um fator que pode – pode, nada mais, nada menos do que isso – ajudar a conter abstenções. Pode ser que não também. Mas é melhor ter esse apoio do que não ter.

A máquina do governo refere-se ao conjunto de recursos e estruturas administrativas que os governos possuem. Isso inclui desde o uso de veículos e funcionários públicos até a implementação de políticas e programas que possam beneficiar certos segmentos da população, especialmente durante o período eleitoral. Essas questões, frequentemente, emergem em época de eleição.

Na análise, em boa medida, resultaram no acúmulo de prestígio social em favor dos que ganharam o pleito ou daqueles que sempre participaram do jogo político, mesmo perdendo a eleição. Ao longo dos anos, ou seja, pessoas que querem perpetuar no poder e usufruir dos privilégios. Nesse contexto, alguns mantêm concessões de rádio, o comando de partidos e, não menos, privilégios no acesso aos mecanismos de participação em estruturas de poder específicas a nível municipal, estadual e federal.

Infelizmente, é isso que temos…

“Mas, como diz o velho ditado, numa decisão judicial e o resultado de uma eleição, tudo pode acontecer, inclusive, nada”.

Para muitos, está claro que a probabilidade de vencer são tantas que estão aumentando as apostas, muito embora todos tenham suas próprias análises.

No entanto, se fosse um cassino, com certeza – retiradas as paixões – estaríamos mais próximos das maquininhas de caca votos do que da mesa da roleta.

Com a perspectiva de que o governo Chaves está chegando ao fim, acordos foram forjados para garantir apoio em 2026. Além da manutenção do poder por meio de seus escolhidos, é claro.

Prome$as

E por falar em (…), comenta-se ao ar livre em Porto Velho, que pelo andar da carruagem, vai faltar Prefeitura para ela encaixar todas as promessas de vagas que tem feito, ainda mais com o assédio da atual administração em mantê-los nos cargos assessores, caso seja eleita.

Vale destacar que a “vontade de se manter no poder é uma, e no dia da eleição, a vontade das urnas pode não ser necessariamente o reflexo dessa vontade”. Diante dessas variáveis, só saberemos depois das urnas abertas.

“Como diz a canção de Flávio José – Amanhã tudo pode acontecer, inclusive nada…”

 ‘A arte da guerra’

Começa a esquentar o clima de campanha em Porto Velho. O Solidariedade ‘saca primeiro’ e lança o ‘plano de voo’ da pré-candidatura de Benedito Alves rumo à prefeitura da capital. Benedito Alves é um nome novo no cenário político atual, não tem muita experiência política, está entrando agora, com objetivo de trazer mudanças significativas e atender às necessidades da população.

Benedito deverá enfrentar vários desafios, assim como a falta de familiaridade com o funcionamento interno da política, isso pode ser um obstáculo. Além disso, ele terá que ganhar a confiança dos eleitores, que podem preferir candidatos mais experientes.

Embora seja novo…

na política, com pouca experiência, contudo não possa parecer uma desvantagem, pelo contrário, pode oferecer oportunidades. Benedito pode trazer novas perspectivas para a disputa eleitora. Ele não está ligado a velhas práticas e pode ser mais receptivo a novas ideias e soluções criativas. Sua jornada na política está apenas começando. Apesar de ter pouca experiência, ele tem a chance de fazer a diferença.

Entre “lorotas e delírios” citados neste artigo, Benedito pode ser um pré-candidato imprescindível na disputa eleitoral, e quem sabe, pode surpreender, pode ser o “azarão” dessa eleição.

No cenário competitivo atual, Benedito se destaca como um concorrente que surgiu do nada, se vencer, não será considerado apenas um vencedor e sim um demolidor. Benedito vem demonstrando uma performance impressionante, superando, desafios e mostrando resiliência. Caso vença a eleição, certamente será alguém que deixará uma marca indelével nessa eleição. Será considerado um demolidor. 

E para explicar a origem dessa expressão, ‘Será o Benedito’, segundo pesquisadores, a versão mais aceita é a de que a pergunta teria surgido na década de 1930, em Minas Gerais. O então presidente Getúlio Vargas estava demorando muito para nomear um interventor para aquele Estado. Naturalmente, a demora gerou inquietação entre os inimigos políticos de um dos candidatos ao posto, cujo nome era Benedito Valadares, eles perguntavam “Será o Benedito?”.

Já o termo ‘demolidor’ é atribuído não só àqueles que vencem, mas que também quebram barreiras e redefinem padrões e se tornam um modelo a ser seguido, mostrando que, com esforço e dedicação, é possível alcançar o topo e ser reconhecido como um demolidor.

Benedito não é político, é um servidor público aposentado, não tem históricos indesejáveis, nem rabo preso, é um pré-candidato inovador, entusiasmado, cheio de energia e pé no chão. Parece ser o político da esperança.  Se cair no gosto do povo, não será só o Benedito, será um demolidor. Quem viver, verá!!!

Será o Benedito? Quer dizer…

…o MDB, da pré-candidata Euma Tourinho, tenta fazer do limão uma limonada. Após chegar atrasada no lançamento de sua pré-candidatura e nem cumprimentar os jornalistas que estavam presentes para cobrir o evento, Euma já está apresentando uma melhora significativa. Ela já está apertando a mão de eleitores, ainda meio de longe, esticando o braço para manter uma certa distância. Mas o bom é que ela já está progredindo.

Bem-me-quer…

…malmequer?!? Na contagem regressiva das eleições, o ex-deputado federal Léo Moraes (Podemos) perdeu dois Marcelos em menos de uma semana, o que pode ser considerado um duro baque em sua campanha. Primeiro o marqueteiro Marcelo Vitorino desistiu de trabalhar em Porto Velho. Ele tem contrato para trabalhar em Manaus (AM) e Boa Vista (RR).

Pra fechar…

a questão é, pode ser que sim e pode ser que não! Comenta-se nas rodadas de conversas que o cenário político ainda pode mudar, talvez alguém possa declinar de sua participação direta na campanha como cabeça de chapa. Que ninguém se surpreenda, caso alguém resolva ceder seu espaço na majoritária.

Segundo informação lançada, Léo Moraes (Podemos) poderá não sair mais candidato. 

A polêmica foi lançada no ‘Podcast Informativo RO’ quando Rayane Trajano trouce uma informação de que o pré-candidato a prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), poderia não sair mais candidato. Ao comentar o assunto, Herbert Lins disse que deveria ser pelo fato da impossibilidade de Léo agregar partidos em torno da candidatura dele.

Léo Moraes não respondeu afirmativamente, esboçando apenas espanto com a informação. O Podcast também não confirmou a fonte da informação, deixando o assunto em suspense.Juntos, podemos, separados não! Imaginem se não der certo a candidatura de Léo Moraes. Com o período das convenções partidárias se aproximando, as especulações políticas continuam. Apesar das dificuldades, ‘o pessoal do Léo’ acredita que ele vai continuar. Veremos…

Por Edilson Neves*

*A opinião expressa neste artigo é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Brasil Dados News não tem responsabilidade legal pela “OPINIÃO” que é exclusiva do autor.

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