Uma viagem da diretoria do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjur) para um polo turístico em Guaratuba, no Paraná, está gerando grande polêmica nas redes sociais. A comitiva incluiu oito diretores do sindicato e, no total, mais de 20 pessoas ligadas ao corpo diretivo.
Oficialmente, o objetivo da viagem era participar do III Congresso Extraordinário da Pública, uma central que defende as causas do funcionalismo, com uma programação que incluí debates e a reforma estatutária. No entanto, o Sinjur não é filiado a essa entidade, ponto inicial dos questionamentos.
Os custos da viagem, incluindo passagens para 21 pessoas (sendo 18 diretores e suplentes) e hospedagem no resort Rota do Sol Apart Hotel, ultrapassaram os R$ 100 mil, conforme fontes do jornal. Desse montante, R$ 60 mil teriam sido gastos apenas com passagens, e o restante foi destinado a diárias e hospedagem.
Nos grupos de WhatsApp, servidores têm manifestado insatisfação com o elevado gasto da viagem, especialmente em um momento em que a categoria se mobiliza pelo Plano de Cargos e Salários.
A presença de oito membros da diretoria, um conselheiro fiscal que integrou a comissão eleitoral e duas pessoas externas ao sistema diretivo aumentou a revolta entre os sindicalizados.
A direção justifica ainda a grande comitiva na excursão como busca por uma associação nacional com poder de representação judicial para proposição de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN). Contudo, a Central Sindical Pública, organizadora do evento, representa trabalhadores dos municípios e do estado do Paraná, além de servidores federais, e não teria legitimidade necessária.
Essa questão já foi enfrentada pela Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), que teve ADIN negada sob o argumento de falta de pertinência temática com o sindicato estadual do judiciário. Além disso, o Sinjur é filiado à Associação dos Servidores e Servidoras do Judiciário Brasileiro (ASJB), que já possui a legitimidade necessária para essas representações.
Fonte: rondoniagora