Em Ji-Paraná o senador Marcos Rogério (PL-RO), também conhecido como “Rolando Lero”, contou mais uma das suas, para tentar ajudar o aliado Affonso Cândido (PL-RO), que concorre à prefeitura. Affonso, que aparentemente aprendeu com Marcos Rogério, perguntou ao prefeito Isaú Fonseca quando seria construído o hospital regional. Isaú responde que o hospital será construído quando o governador decidir. Affonso, ainda no debate, disse que o senador Marcos Rogério tinha disponibilizado R$ 35 milhões para a construção, e nada tinha sido feito. Isaú respondeu que um hospital desse porte custaria R$ 100 milhões.
Também no debate, Affonso Cândido disse que construiria com hospital com os R$ 35 milhões, que seria disponibilizados novamente pelo senador. Aparentemente, o repasse do dinheiro teria sido uma “pegadinha” de Marcos Rogério. O prefeito seria um irresponsável se iniciasse a obra e deixasse paralisada por falta de dinheiro, pois ainda seriam necessários pelo menos mais R$ 65 milhões.
Também no debate, o prefeito falou dos leitos de UTI que Affonso Cândido inaugurou e só passaram a funcionar quando Isaú assumiu a prefeitura. Pelo jeito, a pegadinha de Marcos Rogério seria deixar uma obra parada, como aconteceu no caso de Affonso com os leitos de UTI.
Depois Marcos Rogério gravou um vídeo dizendo que Isaú Fonseca estava culpando o governador por Ji-Paraná não ter um hospital regional. É justamente por isso que o senador é conhecido como Rolando Lero. Isaú nunca culpou o governador. Quem faz ataques de vez em quando ao governador é justamente Marcos Rogério.
Ainda no vídeo, o senador disse que mandará os R$ 100 milhões para que o hospital seja construído. Novamente se vê Rolando Lero em ação. Se ele tivesse mandado R$ 100 milhões em vez de R$ 35 milhões, o hospital já estaria pronto.
E em mais um ponto se vê o Rolando Lero no discurso furado. Para o funcionamento de um hospital desse porte é necessário o apoio do governo do estado. Marcos Rogério mesmo, nem conversa com o governador, por isso está difícil ele conseguir apoio para alguma coisa. A despesa com uma unidade de saúde desse porte é alta. A prefeitura de Porto Velho não construiu um hospital regional justamente por causa disso.
Aliás, na capital, que tem uma arrecadação muito maior do que Ji-Paraná, nem hospital municipal tem. Mas de repente vem o Rolando Lero dizendo que é fácil construir e manter um hospital regional. É por isso que, dizem, Marcos Rogério é muito bom de teoria, mas, na prática as ideias dele não funcionam. Nem o eleitor acredita nas propostas mirabolantes, caso contrário ele teria sido eleitor governador.