HDT-UFT/Ebserh: combatendo as doenças tropicais negligenciadas

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Unidade hospitalar atua na prevenção e no tratamento de enfermidades que afetam populações vulneráveis

Referência no atendimento e na pesquisa sobre Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs), o Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HDT-UFT/Ebserh), exerce um papel essencial na prevenção e no tratamento de enfermidades como hanseníase, leishmaniose, doença de Chagas e raiva.

No Brasil, essas doenças continuam a afetar milhares de pessoas, especialmente em regiões mais vulneráveis e com dificuldades de acesso a serviços de saúde. São cerca de 20 tipos de enfermidades que afetam mais de 1 bilhão de indivíduos no mundo. O dia 30 de janeiro foi escolhido pela Assembleia Mundial da Saúde para ser o Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, doenças infecciosas e parasitárias que prevalecem em regiões tropicais e subtropicais.

O termo “negligenciadas” vem do baixo empenho na erradicação desse grupo de patologias que acometem desproporcionalmente pessoas pobres, cujo acesso a estruturas sanitárias são precarizadas. As DTNs provocam cerca de 100 mil mortes por ano em todo o mundo, de acordo com dados da Global Burden of Disease.

Informações do Ministério da Saúde (MS) apontam que as doenças mais comuns no Brasil são: hanseníase, febre chikungunya, esquistossomose, filariose linfática, geo-helmintíases, oncocersose, tracoma, doença de Chagas, leishmanioses, raiva, hidatidose, escabiose (sarna), micetoma e cromoblastomicose. Elas ocorrem nas diversas regiões do país, sendo Norte e Nordeste – áreas mais pobres do Brasil – as principais afetadas.

Cuidado e atenção para a população do Tocantins

A hanseníase, por exemplo, é uma das principais demandas do HDT-UFT/Ebserh, e o Brasil ocupa a segunda posição mundial no número de casos novos dessa enfermidade. O hospital atua no diagnóstico precoce, no tratamento e na reabilitação dos pacientes, além de promover ações educativas e preventivas para a população. Outras DTNs, como a leishmaniose e a doença de Chagas, também são frequentemente tratadas na unidade.

A médica do HDT-UFT/Ebserh, Alessandra Silvério, destaca que o compromisso da instituição vai além da assistência hospitalar, englobando ações que contribuem para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 3 da Organização Mundial da Saúde, que prevê, até 2030, a erradicação dessas doenças. “Ao trazer atenção renovada para as DTNs, chamamos a atenção para gerar vontade política, mobilizar recursos e colocar os indivíduos e as comunidades no centro. Dessa maneira, é possível gerar coletivamente a atenção e os recursos necessários para o enfrentamento desses agravos, bem como promover mudanças no cenário social das comunidades mais afetadas”, conclui a médica.

Sobre a Ebserh

O HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Assessoria

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