O Vaticano confirmou oficialmente, nesta segunda-feira, 21 de abril, que a causa da morte do papa Francisco foi um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de coma e colapso cardiovascular irreversível. A informação foi divulgada em um comunicado da Santa Sé, detalhando as condições clínicas que levaram ao falecimento do pontífice argentino, nascido Jorge Mario Bergoglio.
Segundo o documento assinado por Andrea Arcangeli, Diretor da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano, o papa faleceu às 7h35 (horário local) em seu apartamento na Domus Santa Marta. A nota médica reforça que Francisco já enfrentava uma série de problemas de saúde, incluindo insuficiência respiratória aguda com pneumonia bilateral e comorbidades como hipertensão arterial e diabetes tipo II.
A confirmação da morte foi feita pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Câmara Apostólica. Francisco tinha 88 anos e sua saúde vinha se deteriorando nos últimos anos. A situação se agravou após uma internação prolongada entre fevereiro e março, decorrente de uma pneumonia que exigiu cuidados intensivos por 38 dias.
Curiosamente, sua morte ocorreu apenas um dia após sua última aparição pública — durante a tradicional bênção “Urbi et Orbi”, concedida da sacada da Basílica de São Pedro. O Vaticano também informou que o papa deixou orientações claras para que seus rituais fúnebres sejam simples e centrados na espiritualidade e na fé cristã.
Com a morte de Francisco, a Igreja Católica inicia os preparativos para o Conclave — processo reservado em que cardeais com menos de 80 anos de idade se reúnem para eleger o novo líder da Igreja. A votação será realizada entre 15 e 20 dias após o falecimento, período durante o qual os 138 cardeais eleitores permanecerão completamente isolados, sem acesso a meios de comunicação ou contato com o mundo exterior.
A escolha do sucessor de Francisco promete mobilizar os olhos do mundo, num momento de grandes desafios internos e externos para a Igreja.