Governo dos EUA abre investigação sobre comércio brasileiro e cita 25 de Março como foco de pirataria

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Sindilojas-SP rebate acusações e defende legalidade da maior região de comércio popular do país 

Uma nova ofensiva do governo dos Estados Unidos acendeu o alerta no setor varejista brasileiro. O Departamento de Comércio americano anunciou a abertura de uma investigação formal para apurar práticas que estariam configurando concorrência desleal por parte de operações comerciais no Brasil, com foco em produtos de origem duvidosa e pirataria. Entre os pontos citados no comunicado oficial, a tradicional Rua 25 de Março, em São Paulo, foi mencionada como um suposto centro de comércio ilegal, o que gerou forte reação por parte de entidades do setor.

A iniciativa faz parte de uma série de ações do governo norte-americano para proteger sua indústria nacional, alegando perdas causadas por práticas irregulares em mercados estrangeiros. No caso do Brasil, o documento aponta que a presença de produtos falsificados impactaria negativamente fabricantes e varejistas americanos. A inclusão da 25 de Março no relatório gerou repercussão imediata entre comerciantes e representantes institucionais.

Em resposta, o Sindilojas-SP, entidade que representa oficialmente os empresários do comércio varejista da capital paulista, contestou veementemente as acusações. “Refutamos as alegações dirigidas à região da 25 de Março. Trata-se de um dos mais importantes polos comerciais do Brasil, formado majoritariamente por empresários sérios, que atuam dentro das normas legais”, afirma Aldo Nuñez Macri, presidente do sindicato.

O dirigente reconhece que irregularidades pontuais podem ocorrer, como em qualquer mercado do mundo, mas ressalta que esses casos são exceções, e não regra. “Situações ilegais existem, infelizmente, em qualquer economia. No entanto, na 25 de Março, essas práticas são combatidas ativamente pelos órgãos fiscalizadores. Não se pode generalizar ou criminalizar uma região inteira com base em episódios isolados”, acrescenta.

O Sindilojas-SP também destacou que mantém, há anos, uma atuação ativa em campanhas e programas de combate à pirataria e à informalidade, em parceria com o poder público e entidades fiscalizadoras. A entidade já promoveu ações educativas e participou de operações integradas para fortalecer o comércio legal em São Paulo.

Além de defender a reputação da região da 25 de Março, o sindicato apontou que acusações como as feitas pelo governo norte-americano têm impactos negativos sobre a imagem do comércio brasileiro como um todo. “Essa investigação pode gerar danos à reputação de milhares de empresários que operam com ética e legalidade. É preciso separar o que é pontual do que representa a maioria dos negócios da região”, reforça Aldo Nuñez Macri.

A ofensiva americana ocorre em um momento sensível das relações comerciais entre os países, especialmente após medidas recentes envolvendo tarifas e barreiras comerciais. Especialistas avaliam que a nova investigação pode aumentar a tensão diplomática e afetar negociações futuras entre os governos.

O Sindilojas-SP finaliza sua manifestação reiterando seu compromisso histórico com a legalidade e o fortalecimento do comércio formal. “Seguiremos atuando com firmeza na defesa dos comerciantes paulistanos e na promoção de um varejo cada vez mais transparente, competitivo e responsável”, conclui o presidente da entidade.

Assessoria de Imprensa

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