Por um lado, relaxar é bom. Não tenho preocupação. Por outro, posso ficar um tanto obeso e isto é um problema sério. Se não me exercito, torno-me sem capacidade para andar. A fé cristã é uma peregrinação rumo à nova Jerusalém, que requer perseverança. Mas gordo e com os músculos flácidos, as minhas caminhadas serão curtas e lentas.
Esta é a primeira impressão que sinto quando leio esta oração. Porém, Jesus não está se referindo aqui ao pão da padaria. O pão nosso me parece que é o próprio Jesus. Ele havia dito que nenhum filho de Aba se preocupasse com comida e bebida e os comparou com pássaros que não semeiam, não ceifam e nem ajuntam em celeiros e o Pai os alimenta.
Ele disse que o Seu povo comeu o maná no deserto diariamente e teve fome, mas o verdadeiro pão seria dado por Seu Pai, como novo cardápio e ninguém mais teria fome. Ele falava desta refeição como sendo a Sua própria carne e sangue. De vegano a carnívoros, foi Sua proposta aos discípulos. Tratava-se de algo fora do comum. O novo menu tem como chefe o Cordeiro crucificado, que, ao mesmo tempo, é o prato do dia.
O maná vinha do céu todos os dias. Só aos sábado é que não tinha. Jesus veio uma única vez para ser o único alimento de todos os dias, na vida dos filhos de Deus. Ele é o banquete que satisfaz para sempre os filhos do Alto, embora sua assimilação seja diária.
Jesus é a encarnação da misericórdia, e esta, se renova a cada manhã. Ainda que comer Este pão seja uma única refeição, alimentar-se dEle, é um quebra jejum diário. Não se trata de pão dormido, seco ou mofado, mas novo e fresquinho. O pão de ontem nunca deve ser consumido pelo crente, pois em Jesus a novidade é cotidiana.
O adversário tentou Jesus no deserto para transformar pedras em pães, mas Ele o demoliu com esta receita culinária: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Mateus 4:4. Ele não disse: a palavra que saiu… mas a palavra que está saindo e esta Palavra é o próprio Verbo que se fez carne. Cristo é o nosso pão diário.
A Palavra de Deus deve ser assimilada, dia a dia, em sua atualidade. Assim como eu sinto fome diária do pão de trigo, tenho fome do amor de Deus diariamente. Pai, dá-nos hoje mais de Cristo. Por isso oro: o Pão nosso de cada dia nos dá hoje. Não posso viver sem o suprimento da suficiência de Cristo neste dia. Satisfaz-me dEle, ó Pai!
Mendigos, as flores são lindas; o céu estrelado é maravilhoso, porém, as almas famintas preferem o Pão diariamente. Sacia-nos de Cristo, hoje.
Do velho mendigo, GP.