Em um documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Roberto Jefferson solicitou que a prisão preventiva do ex-deputado seja substituída por medidas cautelares ou, alternativamente, por prisão domiciliar humanitária. Os advogados destacaram que a saúde de Jefferson “só piora” e que ele necessita de tratamento domiciliar.

Desde outubro de 2022, Roberto Jefferson está preso após disparar contra policiais federais que executavam um mandato de prisão. Na ocasião, ele também lançou granadas contra os agentes.

No ano passado, Moraes autorizou a transferência de Jefferson para o Hospital Samaritano Botafogo, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em maio deste ano, o hospital informou que Jefferson poderia continuar seu tratamento em casa.

Na semana passada, a defesa apresentou um novo laudo médico indicando “a continuidade do tratamento fora de ambiente hospitalar, visando mitigar riscos de infecções nosocomiais, potencializadas pela desnutrição e importante histórico de doenças neoplásicas. Além disso, o confinamento pode agravar sobremaneira o quadro psiquiátrico em idosos”.

O laudo também destaca que Jefferson “deve seguir acompanhamento clínico, psiquiátrico, nutricional e fisioterapêutico, além do controle rigoroso da administração de medicamentos por um cuidador, devido aos riscos de administração inadequada e histórico de dependência medicamentosa. Seguindo as orientações propostas, há condições médicas para o tratamento domiciliar”.

Com base nesses documentos, a defesa solicitou a Moraes a concessão de prisão domiciliar humanitária, mediante “comprovação idônea com apresentação de Laudos Oficiais emanados pela Unidade Prisional, da existência de patologia grave e da inadequação da assistência e do tratamento médico-hospitalares”.

Fonte: JCO