A oposição da Venezuela tenta golpe no país com o apoio de países ocidentais, disse o ministro da Defesa venezuelano Vladimir Padrino López nesta terça-feira (30), acrescentando que as autoridades pedem a todos os lados que iniciem o diálogo.
A eleição do último domingo (28) viu Nicolás Maduro ganhar seu terceiro mandato presidencial. O anúncio dos resultados desencadeou confrontos entre apoiadores da oposição e a polícia na capital Caracas e em outras regiões do país. Pelo menos 15 pessoas foram detidas por suspeita de vandalismo. O governo venezuelano acusou vários países de interferência eleitoral.
“Estamos em uma situação de golpe de Estado realizado pela direita fascista com o apoio dos imperialistas dos EUA e seus aliados e lacaios. O presidente Nicolás Maduro está desafiando todos a pará-lo, junto com o povo que o elegeu, as Forças Armadas e as instituições democráticas”, disse o ministro, convocando todas as forças políticas “a seguir o caminho da democracia e da Constituição”.
Maduro já pediu diálogo, acrescentou o funcionário.
Além disso, o ministro disse que, durante os protestos, um soldado foi morto, enquanto 23 soldados e 25 policiais ficaram feridos.
De acordo com o o procurador-geral venezuelano Tarek William Saab, quase 750 pessoas foram detidas na Venezuela durante protestos, algumas delas acusadas de incitação ao ódio e ao terrorismo.
“Preliminarmente, estamos qualificando os detidos em casos de destruição de infraestrutura estatal, incitação ao ódio e terrorismo. Até agora, 749 pessoas foram detidas”, disse o procurador-geral.
Segundo Saab, os detidos incendiaram vários centros médicos, atacaram delegacias de polícia e escritórios da comissão eleitoral e destruíram monumentos culturais do país, e acrescentou que o número de pessoas detidas pode aumentar.
Fonte: Sputnik