A ida a Brasília do candidato a prefeito de Ji-Paraná, Affonso Cândido (PL), custeada com dinheiro público, precisa ser apurada pelos órgãos de controle. O deputado recebeu da Assembleia Legislativa R$ 6.075 de diárias, e ainda teve os gastos com passagem aérea, paga com dinheiro do contribuinte.
Oficialmente, Affonso Cândido colocou em sua justificativa que iria participar de uma reunião com o deputado federal Fernando Máximo (PL-RO). No portal da transparência do Poder Legislativo Estadual consta o valor das diárias e ainda a explicação de que Affonso discutiria assuntos legislativos pertinentes ao Estado de Rondônia.
A viagem aconteceu entre os dias 25 e 27 de agosto, período em que o candidato Affonso Cândido gravou um vídeo com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A justificativa oficial apresentada pelo candidato Affonso Cândido para tentar explicar a viagem merece ser questionada, porque o deputado federal Fernando Máximo não mora em Brasília, e sim em Porto Velho, e está constantemente no estado. Affonso poderia ter conversado com o deputado federal em Rondônia mesmo.
Além de não existir um motivo real apresentado por Affonso Cândido para a viagem a Brasília, a prioridade dele tem sido a campanha a prefeito de Ji-Paraná, e também a necessidade de aparecer melhor perante os eleitores. Parece estar muito evidente que a verdadeira razão da viagem foi a gravação com Bolsonaro.
Affonso Cândido não é nenhum pobre. Ele ganha o suficiente para pagar a própria viagem a Brasília. Não havia necessidade alguma de usar dinheiro do contribuinte. Olhem só quanto ele recebeu da Assembleia Legislativa no mês de agosto deste ano: R$ 72.293,95.