A Nissan anunciou um corte de 9.000 postos de trabalho em sua força de trabalho global como parte de medidas emergenciais para conter prejuízos. Além disso, a montadora japonesa planeja reduzir sua capacidade de produção em 20% e cortar os orçamentos de vendas, após reportar perdas no trimestre encerrado em setembro.
A indústria automotiva enfrenta queda na demanda em mercados-chave e forte competição, especialmente no segmento de veículos elétricos, liderado por fabricantes chineses. A Nissan registrou um prejuízo de 9 bilhões de ienes (aproximadamente £45 milhões), em contraste com um lucro de 191 bilhões de ienes no mesmo período do ano anterior.
Makoto Uchida, CEO da Nissan, atribuiu parte das dificuldades ao aumento dos custos operacionais e ao excesso de estoques em concessionárias, particularmente nos Estados Unidos, onde a empresa teve de oferecer descontos agressivos. Uchida também revelou que abrirá mão de metade de seu salário mensal em resposta à crise.
Outro desafio citado é o crescimento inesperado da demanda por veículos elétricos híbridos (HEVs), especialmente nos Estados Unidos.
“Não previmos que os HEVs cresceriam tão rapidamente”, admitiu Uchida durante coletiva de imprensa.