Dólar em alta, inflação descontrolada e o governo tem a ousadia de querer nos calar

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Por Edilson Neves*

Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado um cenário político-econômico preocupante. Por um lado, a moeda americana em alta constante, refletindo diretamente no aumento dos preços e elevando consequentemente o crescimento da inflação. Do outro lado, uma equipe econômica desorientada torrando nossas reservas cambiais na tentativa de conter a moeda americana.   

Estamos literalmente revivendo a era Sarney. Um país endividado, inflação descontrolada, políticos desacreditados, com propostas vazias, sem a mínima perspectiva e sem foco no desenvolvimento. Em outras palavras, temos um governo desgovernado, buscando apenas controlar e silêncio as vozes críticas que clamam por mudanças e transparência.

Em outras palavras, o banco central torra nossas reservas cambiais na tentativa de conter o aumento da moeda americana. Essas reservas são essenciais para garantir a estabilidade econômica e controlar a moeda nacional. Em outras palavras, quando falamos sobre a ação do banco central em relação às reservas, estamos abordando um tema seríssimo que afeta diretamente o valor da moeda americana frente ao real. No entanto, com a economia paralisada, a venda de dólares não tem surtido efeito. 

Diante de uma economia que ainda luta para se reerguer após os impactos da pandemia e das crises políticas, o governo parece ignorar a fragilidade do cotidiano dos cidadãos. Enquanto o dólar alcança novos patamares, muitos brasileiros padecem com desemprego, inflação e falta de assistência social adequada. Essa desconexão entre a realidade do mercado financeiro e as realidades vividas pelas classes mais baixas é alarmante e deve nos fazer refletir sobre o que realmente está acontecendo no país.

Diante de um cenário político e econômico tão deteriorado, vimos a ousadia do governo brasileiro em querer calar as vozes dissidentes é um fator que agrava ainda mais esse cenário. Ao invés de promover um debate aberto e construtivo sobre os graves problemas econômicos e sociais que enfrentamos, é percebido um esforço em silenciar críticas através de medidas que vão desde a censura até a desqualificação da oposição e de especialistas que ousam questionar suas políticas. Essa não apenas fere os princípios estratégicos democráticos, mas também impede o surgimento de soluções eficazes que poderiam beneficiar toda a população.  

O pior é que tem gente que acredita em Papai Noel, coelhinho da Páscoa e nos políticos do Brasil. Para com isso! O Brasil só tem rolo… Quase todo tem fraude… desde o Leite com soda… Café com palha, pau e milho moído… Agrotóxicos em absurdo excesso… Política agrícola zero. E o governo aponta o dedo para aqueles que se levantam contra ele. E a mídia puxando o saco desses políticos, ladrões, corruptos e sem vergonha!!! Isso é uma VERGONHA!!

Escutem bem, pessoal, se dedos precisam ser apontados, nós sabemos para quem devemos apontar. Eles usam a economia em baixa e o mercado de ações em alta como um colete à prova de balas. Mas, de quem é esse dinheiro? É meu? Não! É deles? Não! O dinheiro é nosso.

E apesar de toda a riqueza que acumulam, eles ainda têm a ousadia de nos acusar de tentar “destruir a democracia com nossos protestos”. 

Nós só queremos liberdade, nós só queremos igualdade salarial para todos! Igualdade racial para todas as pessoas! E assistência médica para todo mundo!

Eles nos rotulam de “terroristas domésticos” quando são eles que estão nos oprimindo com ameaças implacáveis e conflitos políticos, reprimindo a nossa constituição.

A verdadeira ganância por dinheiro e poder sem limites. Ganância e poder é tudo que eles conhecem. O termo “terroristas” tem sido utilizado de maneira recorrente para caracterizar indivíduos e grupos que se levantam contra o sistema. Entretanto, eles são os verdadeiros opressores, é crucial refletirmos sobre a verdadeira essência dessa rotulagem e quem realmente merece essa classificação.

Historicamente, a opressão sempre se manifestou sob diferentes formas: política, econômica, social e cultural. Aqueles que se opõem a essas estruturas de poder, muitas vezes, são tachados de “terroristas”, enquanto, na verdade, estão lutando por direitos básicos, justiça e liberdade. As instituições que deveriam proteger os cidadãos se tornam verdadeiras ameaças, utilizando ferramentas de controle e violência para manter suas narrativas.

Essa inversão de papéis é alarmante. Aqueles que utilizam a voz e a resistência como armas são vistos como perigosos, enquanto as ações coercitivas do Estado são legitimadas. A intimidação e as ameaças tornam mecanismos de silenciamento e exclusão, criando um ambiente em que a oposição não é apenas deslegitimada, mas também criminalizada.

Não podemos calar

Se o governo brasileiro e seus líderes e as instituições não respeitarem o povo, o povo também não os respeitará!

Um aspecto fundamental deste debate é o papel da mídia. A forma como as notícias são veiculadas pode influenciar a percepção pública sobre quem é realmente o “inimigo”.

A cobertura midiática foca nas ações de grupos ativistas sem contextualizar suas causas, enquanto os crimes de estado são minimizados ou ignorados. Essa narrativa distorcida contribui para o entendimento errôneo de quem realmente está ameaçando a paz e a democracia.

É essencial que, como cidadãos, estejamos atentos a essas manobras. O fortalecimento da democracia e a livre expressão são pilares fundamentais da democracia, para só assim podermos discutir e resolver os desafios econômicos que assolam o nosso Brasil. Não podemos permitir que a alta do mercado de ações seja usada como uma cortina de fumaça para ignorar o sofrimento de muitos e a necessidade de um debate honesto sobre o futuro do nosso país.

Ao observar a manifestação na Praça dos Três Poderes, me deparei com uma dúvida sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse contexto, eu, por exemplo, não sabia que era tarefa do STF cuidar de manifestantes nessa área tão simbólica da democracia brasileira.

Entendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) desempenha um papel crucial na sociedade brasileira, que vai muito além de cuidar de manifestantes na praça dos três poderes. Além das decisões em processos judiciais, o STF também é responsável por garantir a Constituição e, consequentemente, os direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo o direito à livre manifestação. Essa função de protagonismo se torna ainda mais evidente em momentos de melhoria social, quando as vozes das ruas são tanto um sinal de apoio quanto de contestação.

Esses momentos são oportunidades para que a sociedade se manifeste, e o STF, enquanto instituição, está ali para garantir que essa manifestação ocorra dentro dos limites da lei e da ordem pública. Assim, fica claro que o cuidado com os manifestantes na Praça dos Três Poderes é, sim, uma responsabilidade do Supremo Tribunal Federal, refletindo seu compromisso com a democracia e os direitos humanos.

Portanto, é hora de nos mobilizarmos, de levantar nossas vozes contra essa tentativa de silêncio imposto e de exigir responsabilidade e transparência por parte do governo. O futuro político e econômico do Brasil deve ser construído com diálogo e inclusão, não com repressão. É preciso que lutemos por uma sociedade onde todos tenham a chance de serem ouvidos e onde as decisões tomadas sejam realmente alinhadas com as necessidades da população.

Se quer saber, todos esses políticos estão lutando contra a maré! Se quiserem ter mais que um mandato, precisam ser mais espertos e entender como e para que foram eleitos, antes de qualquer coisa. Então, se esses fantoches politicamente corretos querem “colocar a massa na linha”, precisam trabalhar e respeitar o eleitor e não querer implantar o medo na população.

Temos que encontrar modos criativos de manter a paz! Temos que ter cartas nas mangas para combater esse mal que tenta nos assombrar, não dá mais para tolerar. E o pior é que o pretexto que eles usam é para salvar a democracia!

Portanto, ao olharmos para o cenário atual, devemos nos perguntar: quem são os verdadeiros terroristas? Aqueles que se levantam contra a tirania ou aqueles que exigem essa tirania sobre os mais vulneráveis? A resposta, embora incômoda, pode ser uma chave para compreendermos a dinâmica de poder que molda nossas sociedades. Somente assim poderemos trilhar um caminho em direção à verdadeira justiça social e à liberdade democrática. 

*Edilson Neves é jornalista, editor do jornal Correio de Notícia, registrado sob o número 0001047/RO

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