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“Tropa de Elite”: Coronel Marcos Rocha deu uma de Capitão Nascimento e foi pras ruas

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Recentemente, o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, após retornar das férias, decidiu adotar uma abordagem um pouco diferente. Em meio à crise de segurança pública no estado, o governador se inspirou no famoso Capitão Nascimento do filme “Tropa de Elite”, interpretado por Wagner Moura.

Em um momento de alta tensão e necessidade de reforço policial, o coronel Marcos Rocha vestiu a farda da Polícia Militar e foi pra cima da bandidagem. No comando Geral, Rocha colocou em prática uma estratégia de imersão nas comunidades, visando promover uma segurança efetiva e chamou atenção ao discursar para o batalhão da Polícia Militar, demonstrando liderança, coragem e determinação em meio à crise de segurança pública instalada no estado e foi acompanhar de perto as operações policiais já em andamento.

Entretanto, a decisão de Rocha de sair de seu gabinete e enfrentar a bandidagem urbana me chamou a atenção. Me lembrei do Capitão Nascimento, que se destacou por sua determinação em combater o crime nas favelas do Rio de Janeiro. Assim como o personagem, interpretado por Wagner Moura, Rocha trouxe um ar de audácia e determinação às operações policiais, mostrando que a preocupação com a segurança pública deve ser uma prioridade.

– No filme “Tropa de Elite” o Capitão Nascimento já dizia: o Sistema é Foda! 

Do lado de fora, a população indefesa. Cidadãos, trabalhadores, contribuintes abandonados sem direitos e esmagados por deveres. Milhões de pessoas, acachapados, espremidos e subjugados pelo sistema. O mais interessante é que o estado que oprime, dificulta e empurra para a marginalidade e informalidade é o mesmo que aparentemente aparece para defendê-los.

Com uma presença imponente e uma voz ressoante, o coronel utiliza histórias inspiradoras, conquistas passadas e a visão do futuro para encorajar seus soldados a darem o melhor de si. Até fico imaginando o coronel diante de seu batalhão discursando:


“Estamos em guerra e guerra é guerra. Eu estou aqui para dizer o que sinto… o inimigo está lá fora, escondido nas sombras e estamos aqui para detonar esses caras. “Quem manda nessa p*a sou eu!”**… – reconheço minhas falhas, mas estou aqui para dar porrada em muita gente. Vou botar todos na cadeia”.

Acontece, governador, que infelizmente, o senhor chegou um pouquinho atrasado. Muitos “filhos da p**!” foram mandados para a vala, graças à polícia militar, exército, polícia do Acre, BOPE, caverão, etc. O senhor chegou no final da festa.

Mas mesmo assim, a bandidagem continua funcionando. Eles entregam a mão pra salvar o braço. Eles se reorganizam, articulam novos interesses, criam novas lideranças. Enquanto esses caras estiverem vivos, eles vão resistir.

Agora me responda uma coisa, quem souber é claro. Quem você acha que sustenta tudo isso? É… e custa caro. Muito caro. Essa porra é muito maior do que você possa imaginar. Não é à toa que os traficantes, os policiais e os bandidos matam tanta gente. Não é à toa que existem as bocas de fumo. Não é à toa que acontece tanto escândalo no Brasil e que entra Governo, sai Governo, a corrupção continua. Para mudar, as coisas vai demorar… vai levar muito tempo. O sistema é foda!

Entretanto, a presença do chefe do Executivo estadual nas ruas dividiu opiniões e levantou debates sobre o impacto de ações efetivas no fortalecimento da segurança pública.

O que está acontecendo, governador?

Grande parte da população vive em condições de abandono, sem acesso a direitos básicos. Esses cidadãos, muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade, enfrentam uma vida marcada pela escassez, pela discriminação e pela falta de oportunidades, consequentemente, por conta do abandono.

O estado em que essas pessoas se encontram resulta em consequências graves. Sem acesso à educação, saúde e trabalho, sobretudo esmagadas por um ciclo de pobreza que se perpetua ao longo das gerações. Esse cenário não apenas impacta diretamente a vida dos indivíduos, mas também afeta comunidades inteiras, gerando um fardo social que não pode ser ignorado.

Vale lembrar que a cada quatro anos novos agentes alcançam o Sistema. Chegam ao poder. Muitos ou quase nenhum são limpos. Os que não são, aderem ao Sistema, por interesse e autoproteção. Os limpinhos não conseguem protagonismo. Logo desistem ou não são reeleitos, ou reconduzidos aos cargos. O mal se dissemina, tornando-se absoluto -, impregnando todas as esferas e Poderes. Atinge e corrompe grande parte da classe social que, revoltados, anestesiados e sem opção, aderem às más práticas. Muito triste essa realidade!

E por falar em eleição, daqui a dois anos teremos eleições! Hora de recomeçar tudo outra vez. Hora de manter o looping vivo e operante. Eu te apoio, você me apoia. Eu te elejo, você me elege. Eu te protejo, você me protege. Eu te sustento e você me ajuda. Eu te nomeio, você me nomeia e meus amigos e parentes, por favor. Só favor. Estamos juntos e juntos venceremos.

O sistema é realmente foda!

Aí você me diz! A mais tem a justiça. Sim, a justiça é um elemento fundamental para a convivência em sociedade. Ela garante direitos, resolve conflitos e promove a paz social. Porém, o sistema judiciário enfrenta diversos desafios que podem afetar a forma como a justiça é percebida e aplicada.

Como diz um grande amigo meu! A justiça também tem seus compadres – para os amigos, os favores da lei, para os inimigos, os rigores da Lei…  Acho melhor deixar isso quieto! 

Muitos querem saber o que simboliza a imagem do governador com farda, circulando entre os policiais e interagindo com a comunidade? É uma tentativa de ter mais visibilidade? Ou demonstrando que a luta contra o crime deve ser uma responsabilidade compartilhada?

Para alguns, a presença do governador nas ruas foi um sinal positivo de que as autoridades estão comprometidas em melhorar a segurança. Para muitos cidadãos, em conversas informais com alguns moradores, eles expressaram uma confusão de esperança e ceticismo. Alguns consideram a iniciativa um passo importante para estreitar os laços entre o governo e a população, enquanto outros questionam se essa ação representa uma mudança real ou apenas uma estratégia política temporária.

Entretanto, a tarefa de combater a criminalidade vai além de ações simbólicas.
Enquanto o governador muda a dinâmica de sua liderança em busca de soluções inovadoras, é importante que a sociedade continue exigindo ações concretas e resultados palpáveis. A luta contra a criminalidade deve continuar.

E aí, gostou da atuação do governador? O que você achou do “Capitão”, ou melhor, do “coronel MArcos Rocha”? Deixe um comentário.

Por Edilson Neves

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