Cientistas do Instituto de Pesquisas Espaciais russo encontraram um “buraco ionosférico” criado pela espaçonave Starship da empresa SpaceX.
A ionosfera é uma camada da atmosfera da Terra que se estende aproximadamente de 50 a 1.000 quilômetros de altura.
A condição da ionosfera em que os elétrons carregados desaparecem dela se chama um buraco de plasma ionosférico. Os buracos geralmente surgem devido a processos químicos causados pelo combustível de foguetes.
Em 17 de janeiro de 2025, a empresa SpaceX de Elon Musk realizou um lançamento de teste da Starship, que posteriormente falhou.
O diretor do Instituto de Pesquisas Espaciais russo, Anatoly Petrukovich, falando em uma reunião científica, declarou que o lançamento recente da Starship criou um “buraco ionosférico” que espalha ondas de densidade.
O buraco foi detectado por meio de satélites de navegação GPS e GLONASS.
“Vemos que esse lançamento, como uma pedra jogada na água, cria ondas que se espalham a partir de seu ponto de entrada na atmosfera e, por um longo período – durante uma meia hora, uma diminuição da densidade devido às partículas de combustível queimado que alteram o equilíbrio elétrico no meio”, disse Petrukovich.
Ele disse que a Starship precisa de cerca de 100 gigawatts de energia durante a decolagem, que é liberada de forma controlada.
Isso é comparável à produção de energia elétrica de “um país europeu médio”.
