A Polícia Federal não parece mais tão diligente no cumprimento das ordens emanadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
A PF não conseguiu realizar o simples desbloqueio do aparelho celular de Renato Marchesini, preso em decorrênncia dos atos de 8 de janeiro de 2023.
A intenção era identificar mensagens com base em termos como “morte ao Xandão”, “invadir os prédios”, “fora Lula” e “Bolsonaro”.
A ideia era também obter nomes e números da agenda, fotos, vídeos e localização do aparelho, para apurar o grau de envolvimento de Marchesini nas depredações aos Três Poderes.
A alegação da PF é de que utilizou 10 milhões de combinações para tentar desbloquear o aparelho, mas não logrou êxito.
Em laudo pericial, a PF relatou que o celular foi submetido a um processo de quebra de senha com o software Cellebrite Premium, usado pela corporação para acessar dados de dispositivos protegidos por padrões de bloqueio. A ferramenta gerou um “dicionário” com base nas informações biográficas de Marchesini. Palavras e números foram combinados para gerar possíveis senhas, sem sucesso.
Por conta disso, o policial responsável pela investigação respondeu negativamente a cinco das seis solicitações feitas pelo STF. Só conseguiu identificar o modelo do dispositivo, um Samsung Galaxy A30, com a tela rachada, e afirmou que “foram testadas cerca de 10 milhões de senhas, mas não foi possível desbloquear o aparelho”. Ao fim, o celular foi devolvido junto com o laudo para o setor da PF responsável por executar as determinações da Suprema Corte.
Fonte: jco