Nove dedos e a arte de transformar conflitos em discurso ideológico 

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Em mais um ato deprimente do presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que evidencia a submissão do governo federal a pautas identitárias, o presidente Lula declarou, nesta quinta-feira (24), que defender a identidade de gênero da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) é equivalente a defender a soberania brasileira. A parlamentar identifica-se como mulher trans.

A declaração foi feita durante cerimônia no Palácio do Planalto, em que Lula aproveitou para atacar a postura da embaixada dos Estados Unidos, que teria registrado o sexo biológico da parlamentar ao processar seu pedido de visto diplomático.

O petista instruiu o Itamaraty, órgão responsável pela política externa do Brasil, foi a emitir uma nota oficial de repúdio, elevando um caso individual ao status de conflito diplomático. Para Lula, não reconhecer a autoidentificação de gênero da deputada seria uma afronta à soberania do Brasil — uma alegação que causou perplexidade até entre aliados moderados.

Erika Hilton fazia parte de uma missão oficial da Câmara dos Deputados para participar de uma conferência em Harvard e no MIT, nos EUA. A deputada, entretanto, desistiu da viagem após o imbróglio com o visto, acusando o governo norte-americano de “transfobia institucionalizada”.

O episódio aconteceu após o governo Trump implementar, Ordem Executiva 14168, que determina o reconhecimento legal apenas de sexos biológicos — masculino e feminino — em documentos oficiais dos EUA.

Mesmo diante de uma política externa clara e legítima de uma potência soberana, o governo Lula resolveu alimentar tensões diplomáticas em nome da ideologia de gênero. “Érica, o que aconteceu com você é abominável”, disse o presidente, ignorando os limites da autodeterminação de gênero em território estrangeiro.

Lula também sugeriu que o Congresso brasileiro pressione o Congresso norte-americano com cartas de repúdio. “Não vamos fazer isso com uma americana que queira vir para cá”, afirmou, sugerindo que o Brasil deve impor sua visão ideológica mesmo diante das regras internas de outros países.

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