Carlos Bolsonaro expõe toda a “farsa”: “Quando a Narrativa Desmorona Frente ao Óbvio”

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O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro soltou o verbo em suas redes sociais em um texto longo e revelador.

Dizem que havia um grande plano golpista em curso. Mas, ao olharmos com atenção os fatos concretos daquele 8 de janeiro, o que se vê não é um golpe, e sim uma farsa escancarada, sustentada por narrativas frágeis e seletivas.

Logo no início, o absurdo: o General Gonçalves Dias, então chefe do GSI do governo Lula, foi flagrado em vídeo caminhando calmamente entre os manifestantes — alguns dizem “vândalos”, outros “baderneiros” — e até servindo água a eles. Não se tratava de confronto, mas de uma recepção amigável. Enquanto isso, os vídeos das câmeras internas dos prédios públicos foram apagados ou retidos pelo próprio Ministério da Justiça, como se houvesse algo a esconder, não a revelar.

Ainda mais curioso é o fato de diversos alertas de inteligência emitidos, inclusive dias antes, sobre possíveis distúrbios, terem sido simplesmente ignorados pelas autoridades. E onde estava o presidente Lula, comandante supremo das Forças Armadas e da segurança nacional? Viajou “sem saber de nada” na manhã de domingo, enquanto o “golpe” supostamente acontecia — um timing de situações extremamente conveniente.

A invasão ocorreu num domingo, dia em que a Esplanada está vazia, os prédios estão fechados e a presença institucional do Estado é mínima. As imagens e relatos revelam a total ausência de lideranças políticas ou militares coordenando qualquer ação, muito menos Forças Armadas ou tanques nas ruas — algo essencial em qualquer tentativa real de golpe.

Para completar o enredo incoerente, até hoje não se apresentou nenhum organizador financeiro plausível, nenhum elo logístico digno de um movimento nacional articulado. O que houve foram, em sua esmagadora minoria, baderneiros. Fatos que já aconteceram — e de forma muito pior — no passado, quando mostrados o que grupos de esquerda fizeram com os prédios públicos. Mas golpe? Sem cabeça, sem comando, sem recursos, sem resultado e com o principal beneficiário político do “ataque” sendo justamente o governo recém-empossado.

Se fosse algo tão alarmante para a tal democracia, por que não se fizeram buscas e apreensões em G. Dias, em Flávio Dino — que estava no prédio de seu ministério —, nos chefes da Segurança Nacional, que lá estavam e nada fizeram? Imagine apreender o celular de Lula: o que de revelações não teriam sobre o fato? Assim como os chefes da ABIN, inclusive o repórter da Reuters, fotografando o momento como se fosse uma novela mexicana, entre tantos outros fatos boçais solenemente ignorados. O que se vê é, cristalinamente, que o vento que venta lá não venta cá.

No fim, é uma encenação conveniente. Uma tragédia transformada em palanque para consolidar narrativas autoritárias, perseguir opositores, criminalizar divergências e controlar a opinião pública. O verdadeiro golpe não foi o que se tentou no dia 8, mas o que se construiu nos dias seguintes: um golpe contra a verdade, contra o devido processo legal e contra o bom senso.

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