Durante seu primeiro discurso oficial diante do Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, nesta sexta-feira (16), o papa Leão XIV ressaltou a importância do casamento entre homem e mulher como elemento central na formação da família e, por consequência, da estabilidade social.
Ao abordar o tema, o pontífice enfatizou que a união heterossexual constitui o alicerce de uma sociedade harmoniosa, pacífica e bem estruturada. Essa foi sua primeira manifestação pública sobre o tema do matrimônio desde que assumiu o pontificado como o 267º sucessor de São Pedro.
“É responsabilidade dos governantes trabalhar para construir sociedades civis harmoniosas e pacíficas. Isso pode ser alcançado, acima de tudo, investindo na família, fundada na união estável entre um homem e uma mulher”, afirmou Robert Francis Prevost, que adotou o nome Leão XIV.
Segundo o papa, é fundamental investir em uma estrutura familiar baseada em um relacionamento estável entre homem e mulher, que ele descreveu como uma célula anterior à sociedade civil e portadora de valores essenciais para a convivência coletiva.
Embora tenha feito menções claras ao modelo tradicional de família, Leão XIV não comentou sobre a medida adotada por seu antecessor, o papa Francisco, que permitiu a bênção a casais do mesmo sexo — sinalizando, possivelmente, um distanciamento das posturas mais progressistas da gestão anterior.
Além do tema familiar, o discurso de Leão XIV abordou outros pilares morais da doutrina católica, como a defesa da vida desde a concepção até a velhice, a liberdade religiosa e o acolhimento aos migrantes.
“Ninguém pode deixar de promover contextos nos quais seja tutelada a dignidade de cada pessoa, especialmente a mais frágil e indefesa, do nascituro ao idoso, do doente ao desempregado, seja cidadão ou imigrante”, declarou o pontífice.
Ele acrescentou que, independentemente das circunstâncias de vida — saúde, emprego ou nacionalidade — a dignidade humana é uma condição intrínseca e inalterável:
“É a dignidade de uma criatura querida e amada por Deus”.
Fonte: jco