A Polícia Federal comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, não respondeu às tentativas de notificação relacionadas à abertura de um inquérito que investiga supostos crimes de obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito.
Segundo o relatório enviado ao STF, a PF confirmou o envio de e-mails com as notificações ao parlamentar. Os registros automáticos do sistema indicam que as mensagens foram efetivamente entregues, mas não houve retorno por parte de Eduardo. Além disso, a corporação relatou ter tentado contato telefônico com o número registrado na Câmara dos Deputados e também via aplicativo de mensagens, igualmente sem sucesso.
A apuração teve início a partir de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que sustenta que o deputado fez declarações públicas e publicações nas redes sociais com conteúdo considerado ameaçador contra ministros do Supremo. Conforme apontado pela PGR, as manifestações de Eduardo Bolsonaro têm “tom intimidatório” e se intensificaram à medida que avançam as investigações que envolvem seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O inquérito menciona que o parlamentar teria defendido, inclusive, sanções por parte do governo dos Estados Unidos contra integrantes do STF, comportamento visto pela PGR como tentativa de coagir as instituições brasileiras no contexto da ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.
A frustrante tentativa da PF é nova realidade da perseguição judicial no país. Eduardo já mostrou que não vai se dobrar ao “sistema”.
