Home AGRONEGOCIO Ração envenenada causa morte mais de 240 cavalos em diversas regiões

Ração envenenada causa morte mais de 240 cavalos em diversas regiões

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FOTO: Agência Brasil

Ao menos 245 cavalos morreram nos últimos dias após consumirem ração contaminada da empresa Nutratta Nutrição Animal. Os casos foram registrados em propriedades localizadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) constataram a presença de alcaloides pirrolizidínicos, especialmente monocrotalina, substância tóxica oriunda de plantas do gênero Crotalaria — invasora comum em áreas agrícolas.

Segundo o Mapa, a contaminação decorre de falhas no controle das matérias-primas utilizadas pela fabricante. Em todas as propriedades onde foram registrados óbitos, os animais afetados consumiram produtos da Nutratta. Já equinos que não ingeriram a ração, mesmo dividindo os mesmos espaços, permaneceram saudáveis.

secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, destacou que a substância é proibida em rações: — Mesmo em quantidades mínimas, a monocrotalina pode causar danos hepáticos e neurológicos severos. A legislação é clara: essa substância não pode estar presente em hipótese alguma — afirmou.

Medidas adotadas

Diante do cenário, o Mapa instaurou processo administrativo fiscalizatório, lavrou auto de infração e determinou a suspensão cautelar da produção e comercialização de rações para equídeos fabricadas pela Nutratta. Posteriormente, a suspensão foi ampliada para rações destinadas a todas as espécies animais.

Apesar da interdição, a empresa obteve na Justiça autorização para retomar parcialmente a produção, com exceção das linhas voltadas a equinos. O ministério recorreu da decisão e apresentou novos laudos técnicos, reforçando o risco sanitário e a necessidade de manutenção das restrições.

O Mapa também está monitorando o recolhimento dos lotes contaminados e acompanha de perto a evolução do caso.

Com Jornal do Agro Online

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