A Assembleia Legislativa suspendeu a apreciação de projetos nesta terça-feira à tarde para atender os profissionais da Educação em greve que lotaram as galerias da Casa. Uma comissão formada por deputados estaduais, membros do sindicato da categoria, SINTERO, e membros do Ministério Público e Tribunal de Contas será mediadora da negociação com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Segundo a presidente do SINTERO, Dioneida Castoldi, a pauta de reivindicação apresentada ao Governo arrasta-se há 7 meses, e hoje o movimento ficou tenso com a tentativa de invadir as instalações da Seduc no Centro Político Administrativo (CPA) em Porto Velho. Os manifestantes foram contidos pelas forças de segurança.
No início da tarde, os sindicalistas exigiam o “trancamento” da pauta da Assembleia Legislativa para força a negociação com o Estado. Os parlamentares explicaram que não havia coerência já que a Casa de Leis responde por interesses de toda a população, e não apenas de um segmento da sociedade. O deputado Alan Queiroz disse que não era necessário, mas se colocou à disposição para fazer parte da comissão. Pelo menos, nesta semana as exigências foram dissipas. “Mas queremos aqui o compromisso que se não houver andamento as negociações, a Assembleia tranca a pauta”, disse a presidente do SINTERO. Temeroso e chateado com as críticas, o deputado Alex Redano, presidente da Assembleia Legislativa, desconversou e disse que a Casa está a disposição dos profissionais.
Na manhã desta quarta-feira, a deputada Ieda Chaves (União Brasil) disse que a comissão fará a primeira reunião e espera que os atores envolvidos cheguem a um acordo. A presidente do SINTERO agradeceu e pediu respeito ao Governo e anunciou que fará graves denúncias do abandono da infraestrutura da Educação e desvalorização dos professores.
