Por pouco, os dois quase saem na porrada por conta de um programa de rádio.
Quando uma autoridade ou chefe de autarquia usa táticas de “coronel de barranco” ou “capitão do mato” para calar a voz de jornalista, isso sugere que o agressor usou métodos extremamente autoritários para suprimir a liberdade de expressão e silenciar as supostas críticas aferidas aos gestores de plantão da gestão pública.
De acordo com o ex-deputado e jornalista Ezequiel Júnior, o “ex-prefeito de Machadinho D’Oeste, Marinho da Caerd, está adotando táticas agressiva e opressiva contra a voz do povo machadinhense.
Segundo relatos do jornalista Ezequiel Júnior, que apresenta o programa jornalístico “Abrindo o Jogo” na Rádio Comunitária, da qual o ex-prefeito Marinho da Caerd é diretor-geral, vinha apresentando no programa diário uma série de denúncias na área da saúde do município. Inclusive, denúncias que estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas e Ministério Público do Estado de Rondônia.
Conforme relatos do ex-deputado Ezequiel Júnior, Marinho da Caerd tirou a rádio do ar alegando que o transmissor havia queimado.
Coincidentemente, nesta sexta-feira (21), estava programada uma entrevista com o presidente da Câmara, vereador Nego Toledo, que já havia anunciado divulgar mais denúncias. Até então, o transmissor não havia dado nenhum sinal de defeito no dia anterior, por isso causou suspeita um problema tão repentino ao ponto de deixar a rádio fora do ar de sexta a terça-feira, dia 18. Diante dos acontecimentos, Ezequiel decidiu fazer o programa apenas no aplicativo, o qual foi feito normalmente.
Durante o programa da última quarta-feira (19), Ezequiel apresentou uma série de denúncias, as quais estão sendo investigadas pelo TCE e MP, segundo ele, acerca das irregularidades que ocorreram no Leilão de terceirização da saúde do município.
No dia seguinte, Ezequiel retornou à rádio para fazer o programa pelo aplicativo. Chegando ao estúdio, viu que todos os equipamentos haviam sido retirados sem qualquer explicação ou aviso prévio por parte do diretor Marinho.
Então, Ezequiel decidiu fazer uma live no Facebook afirmando que isso não passava de uma “trama” do diretor Marinho com o prefeito de Machadinho, Paulo da Remap.
Logo que começou a live, Marinho chegou nervoso, ofendendo Ezequiel Júnior, que o respondeu à altura. Quase saíram nos tapas. Apesar de ser uma rádio comunitária, marinho se sente o dono da rádio difusora de Machadinho. Vale lembrar que, isso não é um fato novo, a presença de religiosos e políticos como supostos proprietários de mídias e candidatos a cargos públicos.
“Esse é um modelo que contribui para o crescimento da desinformação e, geralmente, políticos donos de Mídia violam a Constituição, fragilizando a democracia no intuito de perpetuarem no poder através da desinformação”.
O caso hipotético do ex-prefeito Marinho é extremamente sério e levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa, abuso de poder e possíveis violações de direitos humanos. Além de utilizar meios, exclusos, para calar a voz de um jornalista investigativo que estava prestes a divulgar casos de corrupção na administração municipal. Vale ressaltar que a comparação com os capitães do mato intensifica a gravidade da situação, evocando imagens de perseguição e táticas de violência para reprimir ou retirar um programa do ar sem uma justificativa plausível.
Vale destacar que, esse tipo de prática para silenciar jornalistas é uma grave ameaça à liberdade de imprensa e à democracia. A transparência, o apoio institucional e a mobilização social são fundamentais para combater essas práticas e proteger os jornalistas e o direito, sobretudo, da informação.
Confiram no vídeo: